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7 fevereiro, 2022
Publicado em 5 outubro, 2021
Uma pesquisa recente descobriu uma correlação entre a deficiência de vitamina D e um maior risco de Covid-19, observando que mais de 80% das pessoas com Covid-19 não tinham níveis adequados da vitamina do sol no sangue. Um estudo semelhante, publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, relata que pesquisadores analisaram 216 pacientes com Covid-19 em um hospital na Espanha, e perceberam que 82,2% apresentaram deficiência de vitamina D, sendo que os homens apresentaram níveis mais baixos em comparação às mulheres.
Segundo cientistas, pessoas que tiveram Covid-19 e níveis mais baixos de vitamina D também tinham marcadores inflamatórios mais elevados, como ferritina e dímero-D. Pessoas com deficiência de vitamina D apresentaram maior prevalência de hipertensão e doenças cardiovasculares. Elas também tiveram internações hospitalares mais longas para Covid-19, mostrou o estudo.
“Comorbidades como hipertensão, diabetes e obesidade estão associadas ao baixo nível de vitamina D”, alerta o Dr. Hans Konrad Biesalski, professor da Universidade de Hohenheim.
O professor de medicina, Kenneth Weir, da Universidade de Minnesota, explica que os níveis de células T regulatórias – que combatem a inflamação descontrolada e a infecção viral em geral – são baixos em muitos pacientes com Covid-19 e podem ser aumentados com a suplementação de vitamina D. Os baixos níveis de vitamina D foram associados a um aumento nas citocinas inflamatórias e um risco significativamente aumentado de pneumonia e infecções virais do trato respiratório superior. Segundo ele, a deficiência de vitamina D está associada a um aumento dos episódios trombóticos, que são frequentemente observados no COVID-19.
“Verificou-se que a deficiência de vitamina D ocorre com mais frequência em pacientes com obesidade e diabetes. Essas condições são relatadas como responsáveis por uma mortalidade mais alta na Covid-19. Se a vitamina D de fato reduz a gravidade da COVID-19 em relação à pneumonia, inflamação, citocinas inflamatórias e trombose, é nossa opinião que os suplementos seriam uma opção relativamente fácil para diminuir o impacto da pandemia”, afirma o professor.
Um risco aumentado de morte por Covid-19 também é observado em grupos negros, asiáticos e de minorias étnicas. Como a melanina reduz a produção de vitamina D associada à exposição à radiação ultravioleta da luz solar, isso pode ajudar a explicar a ocorrência frequente de deficiência de vitamina D nos grupos já mencionados.
Além de demonstrar que a deficiência de vitamina D é bastante comum entre os pacientes com Covid-19, um estudo clínico recente, realizado pelo departamento de nefrologia do Tokat State Hospital, na Turquia, mostrou que os pacientes com Covid-19 suplementados com vitamina D apresentaram sintomas menos graves da doença. Além disso, percebeu-se uma diminuição do risco dos pacientes de contrair infecção por Covid-19 à medida que os níveis de vitamina D aumentam.
“Estudos realizados em diferentes países mostraram associações significativas entre os níveis médios de vitamina D e o número de casos de Covid‐19 e, principalmente, com a taxa de mortalidade por essa infecção. A suplementação de vitamina D pode reduzir a incidência, gravidade e risco de morte por Covid-19. Um estudo retrospectivo suíço com 107 pacientes mostrou níveis significativamente mais baixos de vitamina D em pacientes com Covid‐19”, relata Hatice Aygun, médica Phd da Universidade Gaziosmanpasa.
De acordo com professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a suplementação de vitamina D é recomendada durante esse período de isolamento social para evitar qualquer deficiência. A prevenção de infecções respiratórias e a melhora da função pulmonar são benefícios adicionais observados quando a deficiência de vitamina D é tratada. Eles afirmam, contudo, que qualquer efeito protetor da vitamina D especificamente contra Covid-19 grave permanece obscuro e enfatizam também que deve ser evitado doses extremamente altas de vitamina D, que podem aumentar o risco de intoxicação sem evidências de benefícios.
Os pesquisadores da Unifesp falam sobre as evidências clínicas e experimentais que apontam para ações extra-esqueléticas da vitamina D, incluindo os sistemas imunológico e respiratório. Assim, durante a pandemia de COVID-19, é possível questionar o papel deletério da deficiência de vitamina D, que está fortemente relacionada à baixa exposição solar, situação muito comum no inverno e na primavera, e principalmente em algumas populações como idosos, obesos e portadores de doenças crônicas, condições também mais associadas à apresentação grave de Covid-19.
“Dados experimentais e clínicos demonstram que a vitamina D tem um papel fisiológico na função pulmonar e na resposta imune inata e adaptativa contra microrganismos. A deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de infecções respiratórias agudas e parece prejudicar a eficiência das trocas gasosas, aumentando o risco de asma e exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica”, alertam os professores.
Embora o efeito protetor da vitamina D contra COVID-19 grave permaneça especulativo, há razões para recomendar fortemente a suplementação de vitamina D para evitar deficiência grave, especialmente durante esta pandemia, em condições de isolamento social e no inverno. As doses recomendadas de vitamina D variam de 400 a 2.000 UI / dia, de acordo com as diferentes fases da vida e condições clínicas. Essas doses são suficientes para prevenir deficiências graves e são muito seguras, sem risco de intoxicação. Portanto, podem ser indicados sem a necessidade de dosagens sanguíneas neste momento.
Lembre-se! Essas informações não substituem, em hipótese alguma, a consulta com o médico. Procure um especialista para receber atendimento e obter as orientações relacionadas ao seu caso.
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